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De protetor de cárter a engate: 5 acessórios para carro que você deve fugir


Foto: divulgação


Já lhe ofereceram para colocar protetor de cárter? E aqueles faróis super potentes? Engate de reboque também deve estar na sua lista. Estes são apenas alguns dos equipamentos que são vendidos abertamente e podem colocar você em uma encrenca, seja por causa da fiscalização ou em relação ao funcionamento do seu carro.


A Giba Escapes selecionou cinco itens que são oferecidos aos proprietários de veículos e que podem trazer problemas no futuro. Confira!


1) Protetor de cárter


O projeto de alguns carros não prevê o uso de protetor de cárter, mas o item é oferecido em concessionárias abertamente, a despeito de alguns fabricantes não recomendarem o seu uso. O motivo é bem simples: embora a proteção do cárter seja garantida contra danos (de pequena monta) ao motor, a verdade é que o projeto de boa parte dos automóveis modernos prevê que o propulsor desça em caso de acidente.


O objetivo é impedir que esse componente mecânico invada a cabine e agrave a colisão.


"A concessionária é uma empresa privada, ela não é da montadora, ela tem as normas das montadoras para vender os produtos originais, mas o fabricante não consegue impedir que elas vendam produtos não originais. São estes itens que complementam a linha deles de acessórios", conta Marcus Vinícius Aguiar, vice-presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva.


2) Películas muito escuras

Muitos acham que os vidros devem ser escurecidos ao extremo, pode ser pela sensação maior de segurança ou por uma questão visual - nada impede que sejam ambos. Mas há regras claras sobre o nível de escuridão.


Por lei, as películas têm que ter transmissão luminosa que não seja inferior a 75% no para-brisa (70% nos que são coloridos) - excluindo uma eventual área degradê -, 70% para os laterais dianteiros e 28% nos demais vidros laterais e traseiro.


Não foi necessário procurar muito para encontrar lojas que instalam películas acima dos limites. "Se o cliente pedir, colocamos, mas é por conta e risco dele. Se for pego, o que é raro, pode ter que retirar a película na hora", afirma um vendedor de uma loja de acessórios da Zona Oeste, que prefere não se identificar.



Foto: divulgação


E não será fácil: de acordo com o vendedor, um secador de cabelo deve ser usado antes do filme ser retirado, tudo com delicadeza. A outra opção é reter o carro. A multa custa R$ 195,23 e o motorista perderá cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Rodar com películas muito escuras pode trazer malefícios que vão além da ilegalidade.


Elas prejudicam também a segurança, uma vez que é mais difícil manobrar e dirigir com tamanho breu. E nem sempre é garantia de que você vai ser poupado de algum incidente, uma vez que fica mais difícil de ver quem está no carro.


3) Engate de reboque

A primeira impressão é de que o famigerado engate se tornou uma visão menos comum nas ruas. E esperamos que isso seja de fato, dado que esse tipo de equipamento promete trazer proteção para o para-choque, mas pode sair muito caro na hora do reparo ao dano que ele causa em colisões que seriam, de qualquer forma, mais baratas de consertar do que com ele. "No caso do reboque, ele é proibido em muitos carros.


A Toyota, por exemplo, está no manual do proprietário. Ele perde a garantia. Além disso, há muita gente que realmente precisa do equipamento, mas não instala da forma correta, que seria nas zonas de reforço do monobloco.


Caso contrário, em vez do para-choque quebrar normalmente, o assoalho pode correr para dentro e chegar a bloquear o estepe. O carro vai ter que ser colocado no ciborg. Mas isso está diminuindo bem com a regulamentação", afirma Marcus Vinícius Aguiar, da AEA.


Afora o prejuízo em caso de batida, esse caso vai gerar uma infração grave, causar a perda de 5 pontos na CNH e pode exigir a retirada do engate na hora.


4) Faróis fora do padrão


Tudo em um carro é planejado de acordo com as escrituras dos fabricantes. Isso não quer dizer que você não possa aperfeiçoar uma coisa e outra, porém, nem sempre o remendo vai ser melhor do que o item original. São os casos dos faróis fora do padrão.


A qualidade e força das lâmpadas dependem, e nem sempre as encontradas no mercado obedecem ao que o sistema elétrico e de iluminação original preveem. Pesquise por marcas estabelecidas e, acima de tudo, olhe bem o manual do seu carro.


Foto: divulgação


Lembre-se que a lei diz que "é proibida a substituição de lâmpadas dos sistemas de iluminação ou sinalização de veículos por outras de potência ou tecnologia que não seja original do fabricante".


"Trocar as lâmpadas dos faróis dos automóveis por outra da mesma tecnologia é permitido e não requer qualquer modificação na documento do veículo", lembra Juliana Gubel, gerente de Marketing da Lumileds para America Latina.


Os tipos mais comuns do mercado ainda são as halógenas. "As lâmpadas halógenas podem ser substituídas pelas halógenas convencionais ou ainda pelas lâmpadas halógenas inovativas.


Estas, ampliam os benefícios da iluminação como segurança, estilo e/ou durabilidade, sem implicar na troca de tecnologia", completa. A multa custa R$ 195,23, causando a perda de 5 pontos na CNH, uma vez que é infração grave usar o veículo com modificações no sistema de iluminação que não estejam presentes no documento. Pense bem antes de colocar aqueles faróis de LEDs super potentes.


5) Buzinas muito fortes

Você sabia que há uma lei sobre os padrões de buzina? A resolução fixa um nível máximo de pressão sonora de 104 decibéis, com mínima de 93 decibéis, independente se o veículo é nacional ou importado, desde que tenha sido produzido a partir de 2002. Além disso, a norma proíbe buzinas com sons de sirene ou alerta dos veículos de emergência.


É um produto que pode ser encontrado até nos grandes sites de vendas, sendo a sirene uma das opções de programação dos sons gravados. O anúncio já avisa: a sirene de som para carro Zone Tech oferece 5 ótimos sons; um hooter tradicional, um alarme de incêndio tocando, uma ambulância chorando, uma sirene de polícia gritante e o som distinto de trânsito, etc.


Na prática, é fácil encontrar outras buzinas que oferecem essa funcionalidade proibida, além de também ultrapassarem largamente o volume.


E bota largamente nisso, UOL Carros encontrou uma opção que chega a 300 decibéis, enquanto uma buzina de embarcação fica em uma potência sonora próxima de 120 dB, o que já é o suficiente para ser ouvido a mais de 1,5 km de distância. A despeito disso, o equipamento é oferecido até para motos.


Como não é apenas uma questão de buzinar fora da hora, que seria uma infração mais leve, o condutor também poderia ser enquadrado pela modificação fora do padrão, ou seja, infração grave, com cinco pontos na CNH, perda de R$ 195,23 e a possibilidade de retenção do veículo.

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